Tenho dentro de mim
Dentro da minha cabeça
Uma menina preta
Uma menina preta e idosa
Que anda com um novelo de linhas vermelhas
Anda sempre a puxar a linha de dentro de um buraco
Porque quer entender de onde vem isso
Mas a linha vermelha nunca acaba
Às vezes ela se afoga num emaranhado de linhas
E nem se vê mais sua cor
Fica tudo linhas vemelhas
E ninguém mais vê o preto da menina.
Às vezes ela se organiza, e
Sem querer
Faz sumir aquilo que chegou a engoli-la
As vezes enxergo a minha preta
Indo de lá pra cá
Tentando entender o que ela vai fazer depois
Que descobrir de onde vem essa linha
Ou se ela precisa mesmo achar a ponta
“De repente é tudo assim mesmo
Nãotemfim
E eu quero que acabe
Pra poder começar de novo”
Gosto desta menina
Mas ela nem me conhece
Porque ela mora dentro de mim
Ela não sabe quem sou eu.
Dentro da minha cabeça
Uma menina preta
Uma menina preta e idosa
Que anda com um novelo de linhas vermelhas
Anda sempre a puxar a linha de dentro de um buraco
Porque quer entender de onde vem isso
Mas a linha vermelha nunca acaba
Às vezes ela se afoga num emaranhado de linhas
E nem se vê mais sua cor
Fica tudo linhas vemelhas
E ninguém mais vê o preto da menina.
Às vezes ela se organiza, e
Sem querer
Faz sumir aquilo que chegou a engoli-la
As vezes enxergo a minha preta
Indo de lá pra cá
Tentando entender o que ela vai fazer depois
Que descobrir de onde vem essa linha
Ou se ela precisa mesmo achar a ponta
“De repente é tudo assim mesmo
Nãotemfim
E eu quero que acabe
Pra poder começar de novo”
Gosto desta menina
Mas ela nem me conhece
Porque ela mora dentro de mim
Ela não sabe quem sou eu.

1 Comments:
A menina preta e idosa com seu novelo de lã vermelha. Ela é.
É assim e assim deve ser. No seu existir, não é necessário que ache a ponta a linha. Ela se enrosca e depois de acha. Sempre assim.
Me lembrou Manoel Bandeira e Gabriel Garcia Marques enroscados.
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